sexta-feira, 3 de abril de 2009

Quando estar vivo não basta

Por nove meses, muitos nos esperam
Nascer, crescer, vencer, perder
Esquecemos o verdadeiro sentido da vida
Que é viver

Somos frágeis e eternas crianças
Vivendo num mundo de magia e ilusão
Toda a arte e a ternura
Que faz dispertar uma estonteante emoção

Crescemos e nossos passos se tornam largos
Buscamos o futuro sem cessar
Nossa mente e o próprio orgulho
Nos impedem de parar

Andando lado a lado com o perigo
Enfrentando-o com rancor
Sou dono de minha vida
Quero lutar pelo amor

A morte é sanguinária
Ao mesmo tempo afável
Ela dá a mão, pede companhia
Magnificamente influenciável

Quero seguir, não posso parar
A vida está aí, as flores estão lá fora
O vento bate forte
Mas não é possível ver a aurora

Tudo de mais belo que encontrei na natureza
A felicidade instantânea me encobre
Chegou a hora da virada
Que seja da forma mais sutil e nobre

A certeza do amor não me deixa nunca mais
Que Deus me proteja em minha estrada
Daqui pra frente vou sozinho
Com o pesar da madrugada

Quando estar vivo não basta
Desprezamos a monotomia
Sentimos a brisa bater no rosto
Esquecemos a agonia

Desejo que meu caminho seja extenso
E que surpresas possam me acompanhar
Pois quando estar vivo não basta
Nascemos, crescemos, vivemos e morremos
Com o único intuito de amar.