segunda-feira, 22 de março de 2010

Sofistas – Os Mestres da Argumentação





Em que acreditar? O que é certo, o que é errado? A teoria do relativismo pode ser surpreendente, intrigante e, ao mesmo tempo, chata. Essa, obviamente, é a visão de um mero jovem de pouca maldade e que está começando a estudar os sofistas por agora; Mas, de que será que se alimenta a vontade desses “sábios” em não se basear na verdade absoluta? É capaz que eles mesmos tenham criado teorias de conspiração que existem até hoje. Não duvido nem um pouco. Afinal... A verdade é uma moeda de dois lados?

Não sou da opinião de que só um está certo. Não sou da opinião de que só um está errado. Sou da opinião de que o erro e o acerto andam lado a lado. Errei? Maravilha. A primeira ação contra isso é a tentativa de melhora. Acertei? Maravilha. Vamos manter e, assim, só tirar coisas boas disso. Errar é humano, errar é pré-socrático, errar é sofista. Não existe quem não erre. Não existe quem não tenha momentos de deslizes. Contudo, se as bases forem tão frágeis a ponto de que um deslize faça desmoronar tudo, é porque algo está muito errado. Muito errado mesmo!

A capacidade de persuasão e eloquência define a qualidade única dos sofistas de se favorecerem perante àqueles que buscam seus ensinamentos ou buscam explicações sobre o passado, presente e futuro. Nada é certo. Nada é único. Tudo é relativo e pode mudar. Até onde?! Se eu pudesse voltar muitos séculos atrás, me sentiria completamente indeciso; Sinto que, de certa forma, a teoria dos Sofistas não é de tudo tão errada. Mas, até onde isso é aceitável? O pseudo não me convém. O suposto também não. Eu gosto de verdades absolutas. É tudo bem complexo e simples ao mesmo tempo.

Nem vida e nem morte. Nem certo e nem errado. Eles veem o outro lado, algo que poucos conseguem. E, mais do que isso, não esquecem de seus lados. Favorecer o próximo é uma forma de se auto-favorecer? Pode ser que sim. Pode ser que não. Os sofistas são tão relativos, que até esse texto é totalmente relativo. Pode ser que seja para alguém. Pode ser que não. Pode ser que você pense, nesse momento, que é pra você. Mas pode ser que não seja. É... Sou quase um Sofista.

“O homem comum é a medida de todas as causas, daquelas que são; enquanto são; e daquelas que não são; enquanto não são.”
Protágoras de Abdera.

“O bom orador é capaz de convencer qualquer pessoa sobre qualquer coisa.”
Górgias de Leontini.

4 comentários:

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  2. Um bom texto, Marcelo. Sem dúvida todos somos sofistas contemporâneos de alguma forma. Mas só de nos vermos como tais...Já nos faz menos sofistas.

    O interessante do relativismo é que o observar como objeto de estudo, bem como aqueles que o circundam,nos rendem uma neutralidade deveras útil.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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